Making Data: The Work Behind Artificial Intelligence
Fabricar os dados: o trabalho por trás da Inteligência Artificial
Résumé
AI generates both enthusiasm and disillusionment, with promises that often go unfulfilled. It is therefore not surprising that human labor, which is its fundamental component, is also subject to these same deceptions. The development of “smart technologies” depends, at different stages, on a multitude of precarious, underpaid and invisible workers, who, dispersed globally, carry out repetitive, fragmented activities, paid per task and completed in a few seconds. These are workers who label data to train algorithms, through tasks that require the intuitive, creative and cognitive abilities of human beings, such as categorizing images, classifying advertisements, transcribing audio and video, evaluating advertisements, moderating content on social media, labeling human anatomical points of interest, digitizing documents, etc. This form of work is often referred to as “microwork”.
Our contribution, which documents the conditions of microwork in Brazil and offers portraits of the workers, is a step in the wider effort to overcome the current state of invisibilization. It opens up avenues for future research, with the aim of better characterizing this new form of work, tracing its changes over time in relation to the dynamics of globalization and, ideally, identifying levers for action and transitions.
A IA gera tanto entusiasmo quanto desilusão, com promessas que muitas vezes não são cumpridas. Por isso, não é de surpreender que o trabalho humano, que é seu componente fundamental, também esteja sujeito a essas mesmas decepções. O desenvolvimento de “tecnologias inteligentes” depende, em diferentes etapas, de uma multidão de trabalhadores precarizados, sub-remunerados e invisibilizados, os quais dispersos globalmente realizam atividades repetitivas, fragmentadas, pagas por tarefa e feitas em poucos segundos. Tratam-se de trabalhadores que rotulam dados para treinarem algorítmos, mediante tarefas que necessitam das capacidades intuitivas, criativas e cognitivas dos seres humanos, tais como categorização de imagens, classificação de publicidades, transcrição de áudios e vídeos, avaliação de anúncios, moderação de conteúdos em mídias sociais, rotulagem de pontos de interesse anatômicos humanos, digitalização de documentos etc. Esta forma de trabalho é frequentemente designada por “microtrabalho”.
Nossa contribuição, que documenta as condições do microtrabalho no Brasil e oferece retratos dos trabalhadores, é um passo no esforço mais amplo para superar o atual estado de invisibilização. Ele abre caminhos para pesquisas futuras, com o objetivo de caracterizar melhor essa nova forma de trabalho, mesmo que seja apenas em termos de terminologia, rastreando suas mudanças ao longo do tempo em relação à dinâmica da globalização e, idealmente, identificando alavancas para ação e transformação.
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